Hospital Roberto Santos adia 30% das cirurgias por causa de reforma

Há seis meses, a doméstica Sandra Souza, 33 anos, está sentindo dores na barriga e nas pernas. Depois de uma consulta médica, foi confirmada a necessidade de uma cirurgia de histerectomia, marcada no Hospital Geral Roberto Santos (HGRS), no Cabula, em janeiro deste ano.

“Mas o procedimento foi remarcado porque o médico estava de férias. Ficou agendado para o dia 8 de março. Eu deveria me internar um dia antes para me preparar para a cirurgia, mas quando estava a caminho do hospital recebi uma ligação informando que o procedimento foi adiado mais uma vez”, contou ela.

Sandra não é a única paciente que precisou protelar a cirurgia. Desde janeiro deste ano, 30% dos procedimentos cirúrgicos realizados pelo HGRS - o que representa 200 procedimentos - precisaram ser remarcados. O motivo é uma reforma que está sendo realizada no centro cirúrgico.

As intervenções foram anunciadas, em nota, pela Secretaria Estadual da Saúde (Sesab) em dezembro do ano passado, mas desagradou alguns pacientes.

Segundo a assessoria do hospital, apenas os procedimentos eletivos, ou seja, aqueles que estavam agendados e que não representam risco de morte para os pacientes estão sendo remarcados. A assessoria não soube precisar o tempo de espera para as novas datas, mas informou que a reforma termina em junho.

A assessoria informou que as cirurgias de alta complexidade não foram afetadas. A reforma pretende modernizar as 10 salas cirúrgicas do hospital, com novos equipamentos, e fazer melhorias na parte elétrica, área física e climatização, além dos fluxos e acessos.

Para atender a demanda, foi feita a abertura de um terceiro turno cirúrgico no HGRS e a transferência de pacientes para outras unidades da Sesab, como Hospital Geral do Estado (buco-maxilo e trauma), Ernesto Simões Filho (vascular), Octávio Mangabeira (tórax) e Subúrbio (neurocirurgia).

A expectativa é que a modernização do centro cirúrgico permita que o HGRS aumente a capacidade de realização de procedimentos, uma vez que as cirurgias, por conta de uma maior tecnologia, serão feitas em menor tempo.

Fonte: Correio 24 horas
Foto: Arquivo CORREIO