Acidentes de trânsito custam 50 bilhões para a sociedade brasileira, aponta estudo
Um estudo realizado pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) e pela Associação Nacional de Transportes Públicos (Antp) mostra que o custo anual para a sociedade brasileira relacionado a acidentes de trânsito é de R$ 50 bilhões. As ocorrências nas vias matam cerca de 45 mil pessoas por ano, segundo os dados do Ministério da Saúde, sendo uma das principais causas de mortes no país.
O estudo foi produzido a partir de dados das rodovias e das áreas urbanas, na última década. O cálculo do Ipea avalia quanto é gasto com atendimentos hospitalares, perda de produção, danos materiais, processos e danos à propriedade pública e privada. Em média, cada acidente custou à sociedade brasileira R$ 261 mil, sendo que envolvendo vítima fatal teve um custo aproximado de R$ 785 mil. O acidente com morte respondeu por menos de 5% do total de ocorrências, mas representou cerca de 35% dos custos totais, indicando a necessidade de intensificar políticas públicas de redução, não somente da quantidade dos acidentes, mas também da sua gravidade.
O primeiro grupo de políticas públicas sugeridas pelo Instituto na pesquisa é referente às ações perenes de educação no trânsito. Isso inclui desde campanhas educativas estimulando o uso de equipamentos de segurança, como capacetes e cinto de segurança, alertando do perigo do consumo de álcool associado à direção, entre outras campanhas, até a estruturação pedagógica de conteúdo a ser ministrado nos ensinos fundamental e médio.
“Não se pode calcular o que representa a perda de uma vida humana ou os danos psíquicos e estresses traumáticos aos quais as vítimas de trânsito e seus familiares são submetidos após eventos dessa natureza. Por sua vez, há também a formação de custos econômico-financeiros que impactam diretamente as famílias, bem como a sociedade em geral, e que podem ser estimados por meio de metodologias específicas de cálculo”, destacou o técnico da diretoria de Estudos e Políticas Regionais, Urbanas e Ambientais (Dirur) do Ipea, Carlos Henrique Ribeiro de Carvalho.
Fonte: Detran Bahia
Foto: Detran Bahia