Bahia tem redução de mortalidade no trânsito em todas as condições de vítimas, exceto motociclistas
Enquanto entre pedestres, ciclistas e ocupante de veículo as taxas de mortalidade por lesões de trânsito na Bahia registraram queda entre 2010 e 2019, o índice cresceu entre os motociclistas. Os dados são do Sistema de Informações sobre Mortalidade (SIM) do Ministério da Saúde (MS), e constam em um boletim divulgado pela pasta federal.
O documento indica que a taxa de mortalidade por lesões de trânsito total no estado era de 18,4 por 100 mil habitantes em 2010 e passou para 15,0 em 2019. Entre os ciclistas permaneceu nos mesmos 0,3; entre pedestres o indicador passou de 3,8 para 2,0; e ocupantes de veículo de 6,3 para 4,5. Já entre motociclistas o número era de 3,7 e passou para 5,0 por 100 mil habitantes. De modo geral, o Ministério da Saúde classificou que a tendência da taxa de mortalidade no trânsito total na Bahia decrescente. Apenas quatro estados do país tiveram situação considerada estacionária.
O Ministério da Saúde destaca que o levantamento permite acompanhar e conhecer a mortalidade no trânsito, e observar as tendências nos diferentes estados brasileiros e no país. As informações permitem, segundo o MS, identificar padrões que possibilitam monitorar de forma mais fidedigna e avaliar políticas públicas visando implementar ações mais efetivas para redução dos acidentes e lesões, que podem promover a redução dos custos do sistema único de saúde. O boletim destaca que as lesões de trânsito causaram 1,35 milhão de mortes no mundo em 2016, sendo a principal causa de morte entre crianças e jovens de cinco a 29 anos.
O documento também destaca que a mortalidade por lesões de trânsito no país chegou a 20,5/100 mil habitantes em 2019. Apesar da redução nos últimos anos, o país ainda apresentou uma das maiores taxas por esta causa na região das Américas. Entre os países que compõem o BRICS (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul), que possuem população e economia semelhantes, os maiores índices foram na África do Sul (34,6/100 mil hab.), seguida pelo Brasil (20,5/100 mil hab.), em 2019.
A situação registrada na Bahia segue a tendência do Brasil. No país também houve redução da mortalidade no total e nas demais condições de vítimas. Em 2010 o maior risco de morte por lesões de trânsito no Brasil foi entre os motociclistas com taxa de 5,6/100 mil habitantes. Em 2019, apesar de ocorrer redução, eles se mantiveram entre as maiores vítimas fatais, com 5,3/100 mil habitantes. Ao observar a região Nordeste, Paraíba e Alagoas também apresentaram aumento das taxas em 2019 entre os motociclistas e ocupantes de veículos.
Fonte: Bahia Notícias
Foto: Reprodução/Pixabay