Conversões para GNV batem recorde na Bahia
Os frequentes aumentos nos preços dos combustíveis provocaram uma corrida para o GNV (Gás Natural Veicular). Segundo levantamento do Detran-BA, a procura por conversões de veículos para o GNV aumentou exponencialmente nos últimos dois anos. Em 2019, foram realizadas 811 conversões, já em 2020 esse número pulou para 3.387. No ano passado, 16.307 carros instalaram o kit GNV, um crescimento de 2.010% em relação a 2019.
O motivo para a busca desenfreada por GNV é óbvio: redução de custos. 'No ano de 2021, a concessionária de gás baiana reajustou o percentual do valor do GNV em 51,8%, o que representou um incremento de R$ 0,9860/m³. Porém, o mais interessante neste produto é sua estabilidade no preço, que somente sofre reajustes por períodos trimestrais', explica o superintendente de Gás e Energia, da Petrobahia, Clécio Santana. O preço médio do GNV em Salvador é R$ 4,072/m³.
De acordo com levantamento da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), o preço médio do GNV em Salvador foi R$ 4,089/m³, no período de 09/01/2022 a 15/01/2022, segundo a agência. Ao passo que o preço médio da gasolina comum em Salvador foi R$ 6,680/L, no período de 09/01/2022 a 15/01/2021, enquanto o valor médio do etanol foi 5,395/L, no mesmo período, segundo a agência. Nesse caso, a economia do custo de combustível em relação ao etanol seria em média de 45% e de 25% em relação à gasolina.
'Ao aplicarmos a métrica comparativa entre preço e autonomia, na situação atual justifica a conversão para o GNV apenas para os veículos que rodam acima de 1.000 quilômetros/mês', explica o superintendente Clécio Santana. O especialista explica quando não é aconselhável fazer a conversão do veículo para GNV: 'Quando o motorista roda pouco com o veículo; quando precisa usar 100% do porta-malas do carro; quando se trata de veículo leve a diesel ou se no trajeto de viagem regular não há postos com GNV', adverte Santana.
O valor médio do investimento para instalar um kit gás em Salvador é de R$ 5 mil. Quem roda 1.000km/mês obtém o retorno do investimento em 11,5 meses, considerando a média entre os preços e as autonomias dos combustíveis (etanol e gasolina), esclarece o especialista da Petrobahia, Clécio Santana.
Fonte: A Tarde Autos
Foto: Felipe Iruatã | Ag. A TARDE