Covid-19: entidades pedem que votação das mudanças no CTB seja feita após a pandemia
Foram protocoladas no Senado Federal duas solicitações de adiamento da votação do PL 3267/19, que altera o Código de Trânsito Brasileiro (CTB). Entre as modificações previstas pelo Projeto estão o aumento da validade da Carteira Nacional de Habilitação (CNH) e do limite de pontos para suspensão do direito de dirigir.
O documento é assinado pela Federação Nacional Das Cooperativas de Trabalho dos Médicos e Psicólogos Peritos de Transito (FENACTRAN), pela Associação dos Médicos e Psicólogos de Trânsito do Brasil (AMPETRA) e pela Associação dos Médicos do Detran do Estado de São Paulo (AMDESP). Conforme o requerimento, a solicitação é para que as mudanças sejam analisadas após o fim da pandemia.
“Diante da pandemia da COVID-19 com a proibição de reuniões, trabalho em home office, dificuldade em viagens e outros cuidados, pedimos que este PL seja avaliado em fase pós pandemia. Ainda, por sua importância para a VIDA E SAÚDE no trânsito, que seja estudado e avaliado nas comissões, se possível”, diz o documento. Dois senadores entrevistados pelo Portal do Trânsito também afirmaram que esse não é o melhor momento para acontecer a votação. Para o senador Fabiano Contarato (REDE-ES), em uma entrevista concedida ao especialista Celso Mariano, o momento é de votar apenas proposições relacionadas à pandemia.
“Precisamos ter sobriedade. Já mantive contato com o presidente do Senado, alertando-o que essas alterações no CTB são significativas. Será que estamos no momento de fazer essas modificações, com o Brasil ocupando os primeiros lugares em mortes e contaminados por Covid-19? Como as Comissões não estão funcionando, o Plenário Virtual do Senado foi instituído para votar apenas Projetos que tenham ligação direta com a Covid-19. Esse não é um deles”, explica Contarato.
O Senador Styvenson Valentim (PODEMOS-RN), também em entrevista ao Portal, concorda que não é o momento de votar o PL 3267/19. “Não tem que ter essa pressa. A gente precisaria se reunir pessoalmente, ouvir todos os especialistas, discutir ponto a ponto, ver cada palavra colocada para depois não ficar fazendo mais remendo, fazer essa colcha de retalhos que é o CTB hoje”, argumentou.
O requerimento ainda não foi respondido.
Fonte: Portal do Trânsito
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