Estudos mostram que apps fazem pessoas beberem mais, mas morrerem menos no trânsito
Pesquisadores americanos, da Universidade Estadual da Geórgia e da Universidade de Louisville, fizeram uma longa análise para tentar entender o impacto que os aplicativos de transporte causam nos moradores das cidades onde estão disponíveis. Foram estudados dados do Sistema de Vigilância de Fatores de Riscos Comportamentais e dos Centros de Controles de Doenças.O primeiro resultado interessante constatado na pesquisa é que, após a chegada deste tipo de aplicativo, as pessoas passaram a consumir muito mais bebidas alcoólicas do que antes:
3,1% mais em drinques diários, bebem em 2,8% mais ocasiões ao mês e consomem 4,9% mais drinques em cada ocasião em que bebe. O uso excessivo de álcool subiu 9%. Esses números têm relação direta com os aplicativos de transporte, já que os baixos preços operados nas corridas e a facilidade em voltar para casa a qualquer hora do dia dão mais liberdade para que as pessoas consumam álcool sem se preocupar em dirigir.
Esse maior consumo causa também uma maior movimentação na economia e gera mais empregos: o número de pessoas trabalhando em bares cresceu 2,4% e a remuneração desta classe subiu 2,3%. No Brasil, uma pesquisa feita pelo Datafolha, divulgada em maio de 2019, indica resultados que apontam que o mesmo fenômeno ocorre em nosso país. Por aqui, 68% dos moradores de regiões metropolitanas afirmaram que, após a chegada dos aplicativos de transporte, pararam de beber e dirigir. Outra pesquisa aponta que, em geral, o uso excessivo de álcool também cresceu no país.
Fonte: Portal do Trânsito
Foto: Bicycling